25 de fevereiro de 2017

Zelândia: um novo continente?

"A new report published by the journal of the Geological Society of America recommends recognising the 4,900,000km2 sunken land mass of Zealandia – of which the islands of New Zealand and New Caledonia are the principle exposed features – as a fully independent continent, separate from Australia, Antarctica or any other neighbours.
Roughly 94 per cent underwater, Zealandia has been found to be a piece of continental crust which once formed as much as five per cent of the super-continent of Gondwana, but has failed to gain widespread recognition alongside the larger, more obvious continents of Africa and the Americas."

Na revista Geographical, um artigo sobre a possibilidade de aceitação de um novo continente - Zelândia, e sobre a forma como isso alterará o nosso entendimento sobre o sistema de continentes no nosso planeta.


23 de fevereiro de 2017

Os mecanismos da erosão


Um relatório científico de três universidades europeias (Atenas, Marselha e Trieste)sobre os mecanismos que estão subjacentes ao processo de erosão dos solos, aqui.

15 de fevereiro de 2017

Transportes sustentáveis para o desenvolvimento

FireShot Pro Screen Capture


Um relatório das Nações Unidas sobre os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável no que respeita aos transportes. Descarregar, aqui.

13 de fevereiro de 2017

Sobre o interior


Enquanto estamos aqui, eles estão lá. Reconhecer a existência dos outros é o passo mais essencial para respeitá-los.

Afirmar o interior do país e o meio rural como uma realidade folclórica, exótica, ligada exclusivamente ao passado, é um insulto. Se existe agora, neste momento, então é presente. Se há quem ande de carroça hoje, então hoje também se anda de carroça. Não é possível levar uma vida no passado, acorda-se sempre no dia em que se está. Defender que a realidade do interior não é contemporânea transporta a visão tendenciosa e preconceituosa de que o nosso tempo é intrinsecamente urbano.

Também há quem argumente que o interior já não é rural, que a sua cultura hoje é tão urbana quanto a de qualquer cidade. Há duas possibilidades que contribuem para essa ideia: ignorância ou cegueira. Ou não sabem o que estão a dizer, ouviram daqui e dali e juntaram essas peças segundo o modo como gostam de imaginar o mundo; ou estiveram lá, mas não foram capazes de ver, mediram os outros pelos seus próprios critérios, baralharam as proporções, tomaram alguma coisa por outra coisa qualquer. Acharam talvez que, por haver televisão e Internet, não existia uma forma própria de entender o mundo e a vida.

As certezas absolutas que tínhamos acerca da modernidade e do desenvolvimento trouxeram-nos aqui. Foram elas que despovoaram o interior e transformaram aqueles que lá continuam numa minoria. A discrepância é enorme: uma aldeia assinalada no mapa tem menos gente do que o prédio mediano de uma qualquer avenida. Por isso, como sempre acontece com as minorias desfavorecidas (principalmente quando nem sequer são reconhecidas como tal), os seus direitos não são defendidos, a sua cultura é posta em causa.

A ruralidade não é o estereótipo da ruralidade. As piadas com personagens do meio rural têm a mesma raiz que as piadas sobre negros, homossexuais ou loiras. A discussão acerca da sua pertinência é a mesma.

Porque temos tantos problemas com os outros, mesmo quando estão na sua vida, apenas a lutar por sobreviver? Como nos deixámos convencer que engrandecemos se inferiorizarmos os outros?

Neste preciso momento, estamos a preparar o futuro. Se é verdade, apesar de não ser a única verdade, que a ruralidade mantém relações com o passado, temos todo o interesse de aproveitar essa sensibilidade, essa experiência. Não nascemos de geração espontânea. Chegamos de algum lado, que também nos constitui. A nossa história é parte de nós, mesmo que a recusemos. Desprezar a nossa história e a nossa cultura é desprezarmo-nos a nós próprios.

Enquanto estamos aqui, eles estão lá. A nossa realidade partilha este tempo com a realidade deles. Este tempo não pertence mais a uns do que outros.

Parece-me pertinente considerar a hipótese de que o futuro desejável possa conter um pouco desse mundo. E se o interior do país e a ruralidade contiverem não apenas passado, mas também futuro?

Em todos os instantes construímos o que virá. Estamos aqui, existimos, ainda estamos a tempo.

José Luís Peixoto, in revista UP, fevereiro de 2017 
www.joseluispeixoto.net

Calcular a escala de um mapa

7 de fevereiro de 2017

A sua vida na Terra

FireShot Pro Screen Capture
Fonte: BBC

No sítio da BBC, poderá ficar a saber, para a sua idade, género e altura, alguns dados estatísticos interessantes desde que nasceu. 

6 de fevereiro de 2017

As sombras da cidade


"Mapping the shadows of New York City: every building, every block" é um artigo do jornal New York Times que mapeia o espaço de sombras que é causado pelos prédios da cidade que nunca dorme, no inverno, na primavera ou no verão. O mapa é interativo e devolve informação sobre a altura dos prédios, a sua data de construção, bem como a percentagem de sombra de cada rua.

3 de fevereiro de 2017

Territórios de baixa densidade

O interior precisa de uma drástica mudança de imagem

“O problema começa logo nas nossas cabeças”, diz o geógrafo João Ferrão.