31 de janeiro de 2010

Profissionalidades

"As ideias de descentralização e de modernização que têm pautado o discurso em torno das reformas educativas impregnaram as subjectividades dos professores, misturando-se com uma mentalidade centralista e burocrática que se mantém fortemente enraizada. Ora, essa mistura tem causado uma espécie de esquizofrenia organizacional e profissional: a ideia de mudança surge associada aos valores da produtividade, competitividade, qualidade etc., mas os professores, os gestores escolares e outros actores educativos continuam a agir em moldes centralistas e burocráticos.
Nesse cenário, tem-se difundido a crença de que as “boas práticas” dos professores – assim como a sua produtividade e competitividade, ou, por outras palavras, o seu desempenho – são aferidas a partir da “qualidade” dos documentos que elaboram, como os referidos anteriormente, e não tanto a partir do trabalho que desenvolvem quotidianamente com
os alunos. É, no entanto, pelo questionamento e pela superação dessas lógicas instaladas, concebendo a formação contínua de professores como educação de adultos e, como tal, assente em princípios participativos, democráticos e emancipatórios, na sua dupla dimensão individual e colectiva, que podem ser resgatados o sentido e a utilidade da formação para a acção educativa".

30 de janeiro de 2010

Sugestão de situação de aprendizagem - Haiti



Mais um exemplo de que a Geografia é a disciplina que mais facilmente contextualiza os seus conteúdos de forma imediata, numa grande parte dos temas.

28 de janeiro de 2010

Catástrofes cartografadas

International Charter Space and Major Disasters é um sítio onde abundam mapas sobre catástrofes naturais um pouco por todo o Mundo, com especial destaque para a recente tragédia no Haiti. Existem variadíssimos mapas e imagens de satélite, de elevada resolução, em formato poster para download.

Aqui, uma listagem das catástrofes mais recentes, desde 2002, e aqui, um ficheiro com as dez maiores catástrofes naturais de 2009, com números sobre vítimas e danos económicos, bem como um mapa com as catástrofes de 2009.

Também recomendo esta secção do sítio MunichRe, uma companhia seguradora alemã, com cartografia bastante interessante sobre catástrofes e riscos naturais, da qual destaco um Planisfério das Catástrofes Naturais, com possibilidade de download em boa resolução. E para enriquecer o pacote de sugestões, uma aplicação interactiva, quase um webSIG, sobre riscos e catástrofes, o NATHAN (Natural Hazards Network).

Por fim, um link para pesquisa de publicações sobre riscos naturais, para download ou encomenda, gratuita. Vale a pena pesquisar porque se encontram uns recursos interessantes. Basta seleccionar Natural Hazards em Categoria. Sugiro o DVD "Globe of Natural Hazards", o qual solicitei através deste sítio, além de outros recursos, tendo recebido pelo correio, 3 dias depois. Gratuito e com um planisfério das catástrofes naturais em forma de poster no interior da capa.

27 de janeiro de 2010

Cartas Meteorológicas

Esta é do dia de hoje, 27 de Janeiro. Todos os dias estão disponíveis várias cartas, referentes a vários momentos do dia. E inclui uma animação com a evolução da pressão ao longo do dia. Um bom recurso para um TPC para os alunos do 10º ano.

"Ler, lazer e aprender" no meu Agrupamento



Um bom exemplo de como é possível interessar os alunos pela leitura. Sem custos e indolor. E com bons resultados no 3º ciclo. Mais aqui.

26 de janeiro de 2010

Compreender a onda the frio do Reino Unido

Recebi do Alan Doherty um link para a apresentação que fez sobre a onda de frio que assolou o Reino Unido no final de 2009 e início de 2010, a que intitulou "The Big Freeze". Por me parecer bastante interesante, aqui fica a divulgação.

25 de janeiro de 2010

Controlo aéreo



Este vídeo assemelha-se a um filme de ficção científica. Na realidade trata-se da sala de controle de voos criada para a Lufthansa, e está instalada na sua sede em Frankfurt. Este ecrã gigante, com cerca de 14 metros de comprimento e de forma semicircular (180 graus), mostra os cerca de 16.000 voos diários da Lufthansa e das companhias aéreas da Star Alliance (da qual a TAP faz parte) em tempo real. Mas não são só imagens, o equipamento conta ainda com um sistema de som em 3D, que serve para reproduzir o som dos aviões e gerar uma experiência ainda mais realística, visto que cada rota de voo está ligada à um elemento sonoro especial.

A dor (no) do Haiti

Pavel Constantin, «Cagle Cartoons»

24 de janeiro de 2010

Imagens da catástrofe do Haiti

Para aceder a um conjunto vasto de imagens de satélite sobre o terramoto ocorrido no Haiti, entrar no Digital Globe's Crisis Event Service. Preencher os dados pessoais para aceder à página e navegar à vontade. Inclui a obtenção de ficheiros KML para visualização no Google Earth.

Memórias



The Gift - Fácil de entender

23 de janeiro de 2010

Filme de sensibilização sobre a pesca de fundo



A Greenpeace está a divulgar o vídeo O Fundo da Linha, para alertar para a destruição causada pela pesca de profundidade, em águas internacionais. Este vídeo insta os governos de todo o mundo a adoptar medidas concretas e urgentes para defender a vida marinha que se esconde nas profundezas dos oceanos, quer a nível nacional quer ao nível das organizações internacionais como a ONU.

22 de janeiro de 2010

A Terra icosaédrica!!!

Sugestão de trabalho: construir um icosaedro (poliedro 20 faces) com a imagem da Terra.
Para obter uma imagem de maiores dimensões, clicar aqui. Recortar a imagem, colar pelas tiras brancas e montar a peça.

21 de janeiro de 2010

....

Entre os despojos do terramoto do Haiti, emergem casos que nos deixam incrédulos. Pelos melhores motivos, mas também pelos piores. Ontem vi na TV uma equipa de televisão a fazer a cobertura da assistência aos feridos, que filmava o desespero dos médicos e enfermeiros na tentativa de salvar um jovem haitiano que lutava pela sobrevivência, mal conseguindo respirar. Um médico procurava desesperado qualquer instrumento que permitisse entubar o jovem ou garantir-lhe respiração artificial. Não posso esquecer o olhar daquele jovem, cuja respiração pausada e esforçada, sentia a vida a esvair-se e, impotente, como que pedida ajuda aos milhões de olhos que viam a TV naquele momento. Poucos momentos depois, um médico abanava os braços em sinal de raiva por mais uma vida que, quase salva, se perdeu.

A peça televisiva seguinte dava conta de 120 pessoas que já tinham sido salvas depois de 7 dias sob um mar de pedras, ferro e betão. Vidas talvez já dadas como extintas mas que acabaram por resistir à fome, à sede, à dor e à morte, entre os quais um bébé com dias de vida. Heróis.

Um contraste brutal que me deixou colado ao chão, sem reacção, sem saber se celebrar a vida ou chorar a morte.

Ajuda Humanitária no Haiti

Dario Castillejos, «Cagle Cartoons»

Animações e Atlas do Ambiente da UNEP

Vídeos animados sobre vários temas do ambiente.


Aprender Geografia

Recursos cartográficos para aulas de Geografia motivadoras e criativas....Repare-se no rigor das curvas de nível e da marcação dos lugares....Há mapas e mapas...

Isto é..... aquecimento global

Picado daqui.

18 de janeiro de 2010

É triste mas foi mesmo verdade

O aluno foi suspenso preventivamente enquanto decorre o processo disciplinar que lhe instaurei. Hoje apresenta-se na Escola com o pai, que pede para falar comigo para saber "o que é isso de processo disciplinar" e que "andam mas é a perseguir o meu filho" e mais umas quantas coisas que agora não vem ao caso.

- O Pai: Então e porque é que o meu filho tem um processo disciplinar?

- Eu: Porque (........), para além de fumar dentro da escola, de ameaçar professores e funcionários, alguns dos termos que já utilizou na sala de aula dirigindo-se à professora foram por exemplo "sua p***", "vá pró c******", "os colh*** do meu pai".

- O Pai: Sacana do c******, não sei onde é que ele aprendeu isso!!!!!!

17 de janeiro de 2010

Contabilizar a desgraça


Como se calcula o número de vítimas de uma catástrofe?
Falou-se em cem mil mortos, 200 mil, em 500 mil e os últimos números apontam para 50 mil. Por que razão há valores tão diferentes para os mortos do sismo de terça-feira no Haiti? Como se estima o número de vítimas de uma catástrofe natural?

Só por si, a disparidade de valores na tragédia do Haiti é reveladora da dificuldade em fazer cálculos deste género, tanto antes de um sismo como depois. Antes de mais, os modelos usados na simulação do número de vítimas requerem a introdução de informação diversa, como a densidade populacional na região afectada, a intensidade do sismo sentida no local ou o número de edifícios danificados, explica o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) numa nota enviada por e-mail em resposta ao pedido de informação sobre como se estimam as vítimas de uma catástrofe, recusando a possibilidade de uma conversa com um especialista.

A magnitude do sismo, a distância da zona afectada ao ponto de origem do sismo ou as características da falha que o originou são outras informações importantes. Para aumentar o rigor dos cálculos, é necessário saber onde se encontravam as pessoas no instante do sismo e qual a vulnerabilidade sísmica dos vários tipos de construções, acrescenta o LNEC. A altura do dia em que ocorre o sismo (e, portanto, se as pessoas estão mais em casa ou na rua) e a capacidade económica dos países onde se deu o desastre também influencia o número de vítimas.

Vários são, no entanto, os problemas com que se depara a construção de modelos para o número de vítimas: vão desde a fraca qualidade dos dados documentais, a dificuldade em estabelecer uma relação entre o número de vítimas e a vulnerabilidade dos edifícios em que se encontravam até às condições adversas após o sismo, como as epidemias e a fome, ou ao apuramento do número de pessoas na região afectada. "As estimativas de mortos e feridos têm uma incerteza elevada", resume a nota.

Imagens obtidas por satélites da área afectada no Haiti - pedidas por várias agências internacionais à International Charter on Space and Major Disasters, uma iniciativa destinada a fornecer gratuitamente imagens das zonas atingidas por catástrofes - podem ajudar a avaliar os danos ocorridos nos edifícios após o sismo. Cerca de três milhões de pessoas terão sido afectadas; mas quantas morreram ou ficaram feridas? As imagens de satélite podem contribuir para que as estimativas sejam mais rigorosas.

Para que servem estas estimativas? Têm dois objectivos, explica Carlos Sousa Oliveira, especialista em Engenharia Sísmica do Instituto Superior Técnico, em Lisboa. "[Antes de um abalo,] têm o objectivo de prever o que poderá acontecer num sítio se houver um sismo de determinada magnitude. É uma ferramenta de planeamento extremamente útil", diz. "Após um sismo, interessa saber o mais correctamente possível o impacto nas casas e na população para socorrer as pessoas."

"Em zonas pobres e em que há conflitos de ordem política", sublinha, a situação torna-se ainda mais complicada. Os países podem nem saber a população exacta que lá está."

Nomes de lugares que gosto de pronunciar

Não imagino por que razão, mas há nomes de lugares que gosto de pronunciar. Alguns dos quais, infelizmente, não conheço in loco, mas ainda assim não deixam de me divertir a estranheza a pronúncia do seu nome:

Antananarivo
(capital de Madagáscar)
Carrazeda de Ansiães (Portugal)
Funafuti (capital do Tuvalu, nome também interessante de pronunciar )
Nanuet (vila a 30 km a norte de New York)
Ranholas (localidade entre o Cacém e Sintra)
Weehawken (vila situada nas margens do Hudson River, de onde se tem a "melhor" vista de NY à noite)
Nantuket (ilha situada a cerca de 30 km de Cape Cod, Massachussets)
Shikoku (quarta maior ilha do arquipélago japonês, a par de Honshu, Kyosho e Hokkaido)
Flushing Meadows (parque junto ao bairro de Queens, em New York)
Freixo de Espada-à-Cinta (Portugal)
Nyack (vila do estado de New Jersey, situada na margem do Hudon River; ao jantar aconselha-se um Kentuky Derby no Temptations, com decoração interior em estilo retro)
Ponderosa (localidade próxima de Alcoentre, Azambuja)
Canandaigua (um dos Finger Lakes, situado no estado de New York, numa região de belos vinhedos)
Barnstable (vila situada no Cape Cod, Massachussets)
Stoke-on-Trent (cidade inglesa)
Turnpike (nome de autoestrada nos EUA, ex. NJ Turnpike)
Saskatchewan (província do Canadá)
New Smyrna Beach (cidade e praia situada na Florida)
Inverness (cidade escocesa)
Schenectady (cidade americana situada na região dos Finger Lakes, próximo de Niagara Falls)

16 de janeiro de 2010

Geografia e biquini

Por quase £20, um mero duche pode ser aproveitado para aprender geografia política, com esta cortina para chuveiro, de 180cm x 180cm. À venda aqui. A juntar às camisas, canecas e outros objectos de uso diário que usam o mapa político do mundo como fundo. Já me esquecia do biquini geográfico. Muito didáctico. Para a geografia norte-americana. Mas certamente que haverá para outros países.
.Faz-me lembrar um título dado a uma exposição de cartazes da APG, sobre a linguagem geográfica na publicidade, intitulada "Da Europa engravatada ao Mundo em cuecas".

15 de janeiro de 2010

Biodiversidade em risco na Costa Rica


Chegou-me há dias por email um conjunto de imagens representando a colheita de ovos de tartaruga nas praias da Costa Rica, com os animais em plena desova, conforme documenta a imagem.
Mais sobre esta prática aqui e aqui.

O Mundo depois de nós

Já aqui divulguei uma série de vídeos sobre o cenário apocalíptico do fim da Humanidade e do resultado do desaparecimento do Homem. As estruturas por nós construídas aos poucos iniciariam o seu colapso e a superfície terrestre, naquilo que foi transformado pelo engenho humano, aos poucos se alteraria. Mais um exemplo desse cenário, agora pela National Geographic. É sempre bom saber como será....para o caso de alguém pretender sobreviver.




13 de janeiro de 2010

Recursos hídricos na região Mediterrãnica

Tudo sobre a água












Tudo sobre a água. Em castelhano. Muito bom este sítio com bastantes informações sobre o mundo da água. Destaca-se também a animação interactiva sobre a reciclagem da água, mas também de outros produtos como o vidro ou o papel.

11 de janeiro de 2010

Urgência?

Geografia cultural

"O ATLAS DA DIVERSIDADE é uma ferramenta pedagógica inovadora, constituída por uma rede de escolas que, graças à colaboração mútua, geraram uma das bases de dados sobre diversidade cultural das mais importantes e extensas do mundo.É um espaço no qual se pretende recolher a especificidade própria de cada localidade, a partir do critério e da visão subjectiva dos participantes.

O Atlas é também um lugar de encontro, de reflexão e de aprendizagem em parceria. É uma forma de promover, através das TICs, a equidade, a tolerância, a diversidade linguística e o pluralismo, em todas as suas expressões." (Atlas da Diversidade)

E agora

"A tranquilidade vai voltar às escolas? As perdas de qualidade do ensino, por via do prolongado conflito agora encerrado, são irreparáveis? Ou, pelo contrário, existem agora mais e melhores condições para inverter o caminho? Seis respostas sobre o que espera a educação em Portugal." Público online 10/1/2010

10 de janeiro de 2010

Panoramas aéreos de New York

Vistas aéreas e panorâmicas da Big Apple, são sempre um apetitoso destino virtual, como este que nos oferece o Pixelcase. Sobretudo quando as imagens são de grande definição.

9 de janeiro de 2010

O Reino Unido pintado de branco

Reino Unido - 7 Janeiro 2010
Foto da NASA, tirada daqui.

A razão para esta vaga de frio e neve no Reino Unido reside no Índice de Oscilação Ártica. Para saber mais, aqui.

Memórias



Men at Work - Down under

8 de janeiro de 2010

Mapas temáticos

No sítio do SEDAC, estão disponíveis variados mapas, em formato de imagem ou em "pdf", para download, com uma resolução gráfica de grande qualidade, ideais para fazer posters ou para outras aplicações.

No mesmo sítio, ligações para muitos outras fontes de informação e de mapas, nos domínios do ambiente, dos recursos naturais ou do desenvolvimento, como este sítio sobre a pegada ecológica, ou este sobre os biomas antropogénicos (ou antromas!).

7 de janeiro de 2010

Concordo

"Não obstante a dedicação e o esforço individual de grande número de professores portugueses; não obstante a mudança morfológica do modelo de direcção e gestão das escolas e o profissionalismo da generalidade das direcções executivas; não obstante o Diário da República nos assegurar, quase todos os dias, abundante legislação; não obstante as reformas, mais ou menos cíclicas de currículos, programas e regimes de avaliação dos alunos; não obstante os exames, introduzidos no sistema para o salvar da ineficiência e da ineficácia e enfim pôr termo ao recreio; não obstante os investimentos (ou despesas, dependerá do ponto de focagem) em equipamentos e em salários; não obstante o aceitável rácio de alunos por turma e o custo de funcionamento do sistema, a qualidade dos processos e os resultados educativos não correspondem ao esforço de investimento que o país vem realizando.

Toda a gente sabe isto. E então anunciam-se uma catadupa de soluções: maior intensificação e complexificação do trabalho dos professores; maior presença forçada nas escolas; mais planos educativos; mais planificações de prevenção de insucesso e de abandono escolar; talvez mais exames no ensino secundário e nos outros ciclos de estudo; ainda maior esforço de produção da legislação tecnicamente perfeita que vê os problemas e decreta as soluções universais; talvez menos direitos profissionais e mais deveres; talvez uma profissionalização da gestão.

Em suma: as soluções parecem passar pelo reforço da centralização e do controlo burocrático, pela tentação de transformar os directores em mandatários do poder central e fiéis executores das ordens superiores, pelo maior controlo e avaliação externos da acção dos professores.

Mas não foram sempre estas as soluções decretadas? Não foi sempre este o modelo de mudança, ainda que com diferentes nomes e cosméticas? E a ser verdadeira esta visão, não estão preliminarmente condenadas ao insucesso todas as tentativas de solução que não ataquem o problema central da (des)governação?

Mas então qual é o problema que é preciso atacar? Onde residem as causas dos males que nos afligem há décadas (há séculos)? No medo de existir, no medo da liberdade, no medo da autonomia, no medo do confronto, no medo de enfrentar a realidade, na cegueira institucional.

É aqui que está o novelo do problema. E como resolver esta magna questão? Mudando de paradigma da acção política; mudando de modelo de mudança; combatendo de forma persistente, paciente e duradoura as causas reais do nosso atraso.

A saída do labirinto passa pois por uma radical reforma nos modos de governar. Pela destruição da teia de leis, decretos, despachos que tolhem a acção das organizações e das pessoas. Pela aposta na inteligência individual e colectiva, pela aplicação efectiva do princípio da subsidariedade, incentivando ao desejo da autonomia e da responsabilização, contratualizando melhorias sensíveis e concretas em cada escola e agrupamento. Tomando o partido da liberdade, da autonomia e da responsabilidade. Instituindo modelos de desenvolvimento de geometria variável pois só assim será possível corrigir as crescentes assimetrias e injustiças. Redefinindo, de forma radical, a missão, o estatuto e a dimensão da administração educativa. Gerando dinâmicas de confiança, de suporte e apoio à acção educativa. Colocando, de facto, e não apenas na retórica, a escola no centro do sistema educativo. Pois é aqui que os problemas se resolvem ou não resolvem.

Mas para que as pessoas e as organizações tenham condições de trabalhar melhor, todo o sistema tem de estar organizado para as servir, diferenciar e apoiar. A chave da solução tem de passar por aqui. O resto é só paisagem e falsificação. Numa doentia ilusão de que é agora é que vai ser….. Quando a realidade, muitas vezes, já está a dizer que são piores as emendas que os sonetos.

Falta, enfim, saber se há gente interessada e determinada em caminhar para este horizonte. Porque se não houver podemos começar a fazer as malas."

José Matias Alves, no Terrear

Um bom ponto de partida para começar uma aula


Que relação entre as duas imagens?

6 de janeiro de 2010

Os melhores mapas de 2009, pelo Treehugger

Graças ao Treehugger, descobri esta colecção de alguns dos melhores mapas publicados em 2009, intitulada "22 most amazing maps changing how we see the world", que é como quem diz "22 mapas muito interessantes" (nem todos, mas enfim!). Alguns dos quais são interactivos, mas apenas se utiliza a sua interactividade quando abertos no sítio original. São duas páginas de variadas propostas, a consultar.

"Descobri" também que nem sempre a palavra "map" tem o significado que damos a mapa, isto é, ao mapa mapa, mesmo mapa e não outra coisa qualquer. Em inglês, map pode também significa isto. Mas adiante.

Via Treehugger, aqui fica também um registo para as mais impressionantes redes de metropolitano do Mundo. Umas são impressionantes, outras menos. Nada como ser turista no local para poder dar opinião própria.

O Treehugger é mesmo uma caixinha de surpresas. Até publicou um vídeo da BBC sobre os milhares de polvos mortos que deram à costa em Portugal. O vídeo, aqui. O vídeo é curto e, descansem, não mostra o pé humano (calçado) que também foi encontrado entre os polvos!!!!



Mirusia Louwerse & Andre Rieu - Ave Maria

5 de janeiro de 2010

Migrações e população na Europa Mediterrânica

Um mapa actualizadíssimo sobre as migrações na região do Mediterrâneo. E outro sobre a população, na mesma região.

Ambos tirados daqui, onde se podem obter muitos outros recursos gráficos e cartográficos de grande interesse e de fonte fiável.

O ciclo da água





4 de janeiro de 2010

E isto é notícia?!?!?!?!?!

Imagem daqui.
"Uma das empresas de Manuel José Godinho, o principal arguido do processo Face Oculta e o único em prisão preventiva, extraiu ilegalmente areia num terreno em Ovar, tendo enchido os buracos criados com "cargas de terra e entulho vindos de outros locais".
"Constatou-se a existência de montes de entulho/terra, provenientes de outros locais, colocados estrategicamente de forma a tapar os locais onde antes se tinha extraído areia." O terreno tinha sido remexido num comprimento de 245 metros por 85 metros de largura e o local onde se efectuavam as extracções apresentava 15 metros de profundidade".
"O facto de o terreno pertencer a uma das empresas de Godinho, a licença de construção estar no nome de outra e os funcionários que trabalhavam serem ainda de outra levou a câmara a considerar que havia a intenção de enganar as autoridades." "Verifica-se haver um aproveitamento da situação com vista a criar nos fornecedores e clientes e, em geral, naqueles que com as empresas contactam uma confusão sobre com quem efectivamente se está a lidar, de forma a que cada uma dessas empresas possa assacar culpas a uma outra. Tal procedimento é demonstrativo de que a arguida age com dolo, com a intenção de enganar as autoridades e se eximir da responsabilidade", justifica a decisão".

Para um recomeço das aulas...


«as crianças que reagem negativa­mente à escola, na sequência da deterioração do seu meio familiar, não o fazem senão porque o seu meio escolar não faz senão agravar e ampliar os seus problemas pessoais"

Johnson e Bany (1974)

Documentários "Hot Cities"



O documentário "Hot Cities" viaja pelo mundo, de Lagos a Los Angeles, de Xangai a Durban, para aferir acerca da capacidade das cidades se poderem adaptar e sobreviver às alterações climáticas.



Mais bons vídeos, aqui, na Rockhoper TV.



3 de janeiro de 2010

Catástrofes naturais - Angra dos Reis (Brasil, 2010)







Sistemas de Informação Geográfica na sala de aula

iGuess é um projecto financiado pela UE, que visa desenvolver a formação de professores para promover a utilização dos SIG sala de aula. O interesse acrescido deste projecto, comparável em Portugal ao GEO-RED, é o facto de se destinar também a docentes de outras disciplinas que não a Geografia, podendo encontrar referências a exercícios (e não os exercícios, infelizmente!) que envolvem outros campos do saber. E porque nos queixamos que "lá fora" se faz melhor, re-aconselho uma visita ao portugesíssimo GEO-RED.

Freshkils, a maior lixeira do mundo


Fresh Kills Staten Island foi o aterro primário da cidade de Nova York entre 1948 e 2001. Milhares de toneladas de lixo por dia ali descarregadas tornaram Freshkils na maior estrutura artificial na Terra. Em 2001, o aterro foi finalmente fechado, com uma breve reabertura para acomodar destroços do World Trade Center, em resultado da derrocada das torres. Desde então, tem sido o local de Freshkills Park, projecto para cobrir lentamente o antigo aterro e abri-lo ao público. De notar que o gás metano que é libertado é vendido aos habitantes de Staten Island como fonte energética.